7 de novembro de 2014

Sequência Didática – Elas só pensam em trabalho! - Atividade Pnaic

     A sequência didática foi realizada na Escola Básica Municipal Santo Antonio e no Centro Educacional Municipal Professor Juviliano Manoel Pedroso, situados no Município de Fraiburgo. O público alvo, deste trabalho foram os alunos do 2 ano do Ensino Fundamental. A sequência didática teve início no mês de maio, quando foram trabalhadas diferentes versões da fábula: A Cigarra e a Formiga.  Durante todo o ano, trabalhamos com os diversos gêneros do discurso e procuramos trabalhar os diversos componentes curriculares, contextualizando-os sempre à vivência diária dos alunos.
      Iniciamos a proposta com a leitura da poesia “A Cigarra e a Formiga” de José Paulo Paes. Como nossa intenção seria trabalhar as várias versões, levamos também: A Cigarra e a Formiga, de Monteiro Lobato e a versão de Ruth Rocha – Fábulas de Esopo.
     Após a leitura, conversamos muito sobre as características das fábulas, moral da história, estrutura dos textos (embora tenham o mesmo tema, os textos são escritos em formato diferente). Buscamos entender o significado de algumas palavras. Comparamos as três versões para identificar pontos convergentes e divergentes.  Identificamos as diferentes formas de se tratar um mesmo problema, através da atitude da formiga em acolher ou expulsar a cigarra. Neste momento, abordamos os sentimentos de compaixão e acolhimento com os que sofrem de alguma forma.  Exploramos nas imagens o contraste entre as estações: verão, outono e inverno...

     Como desafio, os alunos receberam o poema de José Paulo Paes, em tiras de cartolinas e propomos a ordenação do poema, recuperando o texto de memória e colocando em jogo as estratégias de leitura.   Na sequência, receberam o texto xerocado, em ordem aleatória dos versos, os quais deveriam ser recortados e organizados em seu caderno. Alguns alunos precisaram recorrer ao texto completo para organizar o seu, mas muitos conseguiram organizá-lo apoiados apenas na memorização e ou na coerência entre os versos.
Exploramos bem as fábulas, tanto na oralidade quanto na escrita. No momento posterior, os alunos ouviram atentamente um texto informativo sobre a vida das formigas. Os alunos foram instigados a procurar no dicionário as palavras novas que apareceram durante a explanação do texto (larvas, pupa, bolor).
     Apresentamos também a leitura do livro “A Vida da Formiga” de Francisco Martins Garcia.  Conversamos sobre o que cada aluno já conhece sobre as formigas.     
     Na sequência das atividades, fomos até uma área verde, próximo à escola para que os alunos observassem o trabalho das formigas.



     Coletamos algumas formigas e construímos um formigueiro portátil utilizando areia, um tubo de papelão, gazes e uma caixa de papelão. Lançamos questões desafiadoras aos alunos para que elaborassem suas hipóteses:
     __Como se alimentam?
     __ Será que elas gostam de água com açúcar?
      Por que as pessoas que gostam de doces são chamadas de “formigas”?
    __ Como elas estão se comportando dentro do pote?
    __ Estão fazendo pequenos túneis?
   Observamos por uma semana a movimentação das formigas e relatamos coletivamente o que aconteceu no formigueiro portátil.

      Propomos também a construção de uma maquete referente ao passeio que fizeram pelos arredores da escola, utilizando argila, massinha de modelar, tinta guache e papel Paraná. Nesta atividade aproveitamos para explorar as figuras espaciais de face arredondada: esfera, cone e cilindro.




   A partir desta atividade, construiu-se um painel, onde todos os alunos puderam visualizar o resultado do trabalho. Alunos de outras turmas foram convidados para prestigiar e compartilhar as experiências vividas pelos alunos do segundo ano. Isso ajudou os alunos a perceberem a importância de se preparar para a explanação para outros colegas.
        O ponto alto dessa atividade foi o desenvolvimento da oralidade.
     Na atividade proposta em que os alunos iriam representar a fábula com recorte, colagem e ou desenho, aproveitamos para trabalhar as figuras planas.

     Na sequência das atividades, fomos até a biblioteca da escola.
   Entre muitos livros, os alunos foram desafiados a separar os livros de fábulas, utilizando-se do conhecimento prévio, para conseguir fazer a seleção.
    Após a leitura individual, sugerimos a listagem das fábulas lidas em uma cartolina.
    Propomos a tabulação das preferências das fábulas listadas, construímos uma tabela e um gráfico.
    Levantaram-se questionamentos sobre o gráfico como: Qual a fábula que recebeu maior votação?       E menos? Qual a diferença de votos entre a mais votada e a menos?  Qual é o total?



     Após muita leitura e conversas sobre as fábulas, solicitamos aos alunos que escrevessem sua própria fábula, enfatizamos que quando escrevemos, fazemos para outras pessoas lerem e precisamos ser claros para que a mensagem seja entendida. Dentre muitas fábulas escritas pelos alunos, selecionamos a fábula “O Tamanduá e a Formiga”, do aluno Kauã Henrique.


Relatório Final

        1° dia – Para a tristeza dos alunos, observou-se que algumas formigas estavam mortas. Discutiu-se a causa e os alunos concluíram que o pote estava muito fechado, pois colocamos dentro de uma caixa de papelão conforme as instruções.  Colocamos algumas folhinhas verdes e um pouco de água e enquanto trabalhávamos as formigas cavavam pequenos túneis.
            2° dia – Um aluno coletou mais algumas formigas no jardim de sua casa e trouxe para reforçar o trabalho. Colocamos no pote, porém desesperadamente elas começaram a sair pelos buraquinhos da gaze e na tentativa de colocá-las no pote novamente, levamos algumas picadas na mão. Fomos até o pátio buscar folhas e um pouco de água com açúcar para alimentá-las. Os alunos questionaram o porquê que a picada das formigas doeu e coçou muito, diante deste questionamento, sugeri como lição de casa, a pesquisa em site, jornais, revistas para o dia seguinte.
            3º dia – Entusiasmo!   Os alunos trouxeram o resultado da pesquisa e nos contaram que as formigas não picam, liberam um ácido fórmico em sua saliva  para se defender, é isso que causa a dor  e coceira que sentimos. Um dos alunos relatou que sua mãe lhe ensinou a lavar com água e sabão ou colocar água com sal, que ameniza a dor.
              Após o relato, fomos observar o nosso formigueiro e percebemos que as formigas construíram poucos caminhos, trocamos a gazes por durex largo e perfuramos com clips, para a entrada de ar. Neste dia não colocamos folhinhas, apenas um pouco de água e migalhas de pão. O tema despertou tanta atenção dos alunos que os olhares se dirigiam sempre às formigas andando pelo pátio e tentando atraí-las para colocá-las no nosso formigueiro. A disputa é grande na hora do intervalo, pois todos querem segurar o formigueiro para mostrar a outros colegas.
            4º dia- Que alegria ao chegarmos à sala de aula, as formigas passaram o final de semana trabalhando muito, os túneis estavam maiores. Observamos também que elas comeram as folhinhas e as migalhas de pão. Providenciamos mais comida, fomos até o terceiro ano para mostrar o formigueiro e contar nossa experiência. Um aluno sugeriu que alguém trouxesse uma lupa, pois desta forma a visualização seria melhor.

              5 dia  - Para a surpresa de todos,  providenciamos uma lupa. Os alunos conseguiram ver melhor os túneis e constataram que aumentou o número de formigas mortas.  Na formação do túnel identificaram a letra  “D” , relacionando com a letra  cursiva que eles usam no dia a dia. Um aluno sugeriu que fosse escolhido um nome para nosso formigueiro e que este deveria iniciar com a letra ”D”. Houve várias sugestões como: Dino, Drácula, Drino....
Em meio à discussão, um aluno sugeriu que o nome deveria ser DORMIGA e justificou: “ Profe, tira o F de formiga e coloque o “D”: dor, porque muitas formigas morreram e amiga porque elas ficaram nossas amigas”. Os nomes sugeridos foram colocados no quadro branco para a votação. Unanimemente, Dormiga venceu com aplausos!
              Devido à morte de muitas formigas resolvemos soltá-las.  Não foi possível irmos até o local da coleta, porque choveu bastante durante todo o período.
            Ao término desta etapa, foi possível concluir que as práticas pedagógicas planejadas por meio de sequências didáticas proporcionaram aprendizagem de uma maneira prazerosa, estimulando a pesquisa e tornando o conhecimento significativo.



       Para construirmos nosso formigueiro, nos baseamos nestas informações.




















      Para encerrarmos nossa Sequência Didática, fizemos o Bolo Formigueiro.













Professora: Rose Bianchi

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