11 de setembro de 2014

Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro

       Parabenizamos o aluno Luan Rodrigues de Andrade do 7 ano ''B''  e sua Professora Juliana Padilha Ribeiro, pelo  texto selecionando para participar da etapa estadual da 4 edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.
          A E.B.M. Santo Antonio sente - se orgulhosa pelo trabalho e dedicação da Professora e aluno.


Categoria: Memórias literárias

Título do texto: Os maiores acontecimentos de minha vida
    
            Meu nome é Lauro Rodrigues, nasci no dia 29 de abril de 1961, portanto, estou hoje com 53 anos de idade, me criei na localidade de Faxinal dos Carvalhos, no município de Fraiburgo, uma cidade pequena, localizada no meio oeste catarinense.
            Desde criança ajudava meus pais trabalhando no campocom bois no arado e para o transporte utilizávamos carros de boi. Ah! Que saudade desse tempo!

            Alguns fatos importantes dessa época marcaram minha vida, três deles eununca vou esquecer. O primeiro foi quando fomos assistira um jogo do Brasil da Copa do Mundo de 1970, na casa do senhor Ivo Savian. A televisão era em preto e branco e só dava para enxergar alguns vultos. Durante o andamento da partida um jogador adversário foi cobrar um pênalti contra o Brasil e todos torciam para que o goleiro defendesse ou chutasse para fora. Pensem na nossa torcida! Um amigo que estava junto estava tão concentrado que quando o jogador chutou ele achou que ele era o goleiro, saltou no canto e agarrou uma cadeira que estava na sala e todos levaram o maior susto e morreram de rir.

            O segundo fato foi quando ocorreu um eclipse da lua. Naquela época meus pais e meus tios, sem conhecimento, diziam que era um dragão que estava comendo a lua e todos se reuniram e carregavam suas espingardas, chamadas “puxa e afrouxa e rabo de égua” e atiravam no rumo da lua, como se fossem atingir o dragão.
        O terceiro e último fato foicom o nosso velho carro de boi, eu junto com meus irmãos levávamos milho e trigo no moinho para fazer farinha, o eixo do carro esquentava e começava a gritar, como se dissesse:
            - Lá vou eu, lá vou eu, lá vou eu...
            Esses gritos iam mexendo com a nossa paciência e um de meus irmãos sempre gritava:
           - Dê um cala boca nele.
         Então eu descia e jogava um pouco de água no eixo, quando não tinha água eu fazia xixi no eixo por um bom tempo e ele se aquietava.
            Essas histórias marcaram muito a minha vida, por isso me lembro delas com muita saudade...

Texto baseado nas recordações do Sr. Lauro Rodrigues, 53 anos, agricultor.


Luan Rodrigues de Andrade

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